Em outubro de 2011, fui pela primeira vez para Orlando e como qualquer outra pessoa já comecei a imaginar o número de parques, as compras, o Mickey, o Pateta <3, enfim, tudo o que a gente começa a fantasiar quando descobre que vai pra “Disney”.  Mas, eu, que sempre gostei de esportes – até sonhava em ser jornalista esportiva quando entrei na faculdade -, também me empolguei muito ao pensar que poderia ver um jogo da NBA, por mais que fosse um do Orlando Magic; um time não tão bom se comparado com muitos outros da liga de basquete.

Acontece que, para a minha completa tristeza, foi em 2011 que a mais famosa liga de basquete do mundo entrou no 4º lockout de sua história. O lockout é uma espécie de greve dos jogadores. Portanto, nada de NBA para mim! A não ser pelo fato, até então desconhecido, de que em outubro de 2012 eu voltaria para a minha linda e amada terra do Mickey para passar mais 20 dias.

Foi em uma visita a Downtown Orlando, que é o centro da cidade mesmo (não o centro turístico), onde os moradores locais trabalham e que tem uma parte com cara de cidade antiga muito linda, que visitamos a bilheteria do Amway Center, o ginásio do Orlando Magic, para comprar os tickets para o jogo mais próximo. Infelizmente, as disputas da NBA só começariam em dezembro, mas compramos ingressos para uma partida pré-temporada entre Orlando Magic e Houston Rockets.

O melhor é que ao chegar à bilheteria o atendente não pergunta onde você quer sentar, ele pergunta o quanto você pretende pagar pelas entradas, aí, com base no valor que você quer gastar, ela acha o assento mais adequado. Há ingressos de 10 dólares ao infinito (não lembro ao certo, mas é algo em torno de mil e poucos dólares). Nós pagamos 20 obamas e ficamos num ótimo lugar para ver a partida (acredito que o ginásio é tão bem planejado, que não existem lugares ruins).

O que aconteceu depois disso? Aconteceu que o primeiro conselho que eu dou pra todo mundo que me fala que vai pra Orlando é: PELO AMOR DE DEUS, VÁ EM UMA PARTIDA DE BASQUETE!  Sem exageros, a experiência de acompanhar um jogo desses na própria “terra do basquete” está fácil no top 3 de coisas mais legais que fiz em Orlando, isso se não estiver em primeiro lugar – a decisão é difícil.

É incrível ver o espetáculo que eles fazem (lembrando que não era nem NBA quando eu fui!). Ao acompanhar uma partida, você percebe que aquilo tudo é muito mais do que um jogo, é um verdadeiro show. A começar pela hora da execução do hino, em que o ginásio todo se transforma numa bandeira americana gigante através das telas e dos refletores.

Outro destaque são os intervalos. Pra quem não sabe, o basquete é um jogo onde é possível pedir tempo, além dos três intervalos já programados. Então, em qualquer parada que aconteça, os telões passam a interagir com o público, que pode participar de karaokês, de disputas de dança e air guitar, de momentos românticos em que os casais se beijam ou enviando fotos de sua própria torcida no jogo. É bem daquele jeito que a gente costuma ver nos filmes americanos mesmo.

As cheerleaders e os mascots dos times também não ficam de fora e fazem inúmeras piruetas e malabares durante os intervalos. Além de entregarem brindes para a plateia das formas mais inusitadas possível.

Então, se você está com viagem programada para Orlando ou para qualquer lugar do Estados Unidos, vá assistir a um jogo de basquete; vá a Miami ver o Heat, a Nova York ver o Knicks ou a Los Angeles ver o Lakers, mas não deixe este programa de fora do seu roteiro!