Uma das minhas primeiras neuras antes de ir chegar aos Estados Unidos era a alimentação que teria nesses próximos cinco meses. Além da possibilidade de engordar com tanto fast-food e comidas calóricas, estava bastante preocupada em cuidar da saúde longe de casa, afinal tenho gastrite!

Tudo isso, porque, da última vez que vim aos Estados Unidos, quando morei por um ano em Chicago, voltei 15 quilos mais gorda ao Brasil! Vivi em casas de famílias americanas e realmente não me adaptei à gastronomia do Tio Sam. Tudo muito calórico e gorduroso; bacon no café da manhã, hambúrguer e fritas no almoço da escola; pizza no jantar, e por aí vai.

No entanto, venho percebendo uma enorme diferença em ter alugado uma casa com mais dois brasileiros por aqui. Apesar de nos esbaldarmos nos maravilhosos restaurantes de Orlando, nos finais de semana e em ocasiões especiais, nosso dia a dia em casa é bastante saudável. <3

Salada de frutas preparada pelo Anderson, com uvas, maçãs, morangos e bananas. (Foto: Gladis Vivane)

Nos acostumamos a ir toda semana no Walmart e comprar suprimentos necessários para cozinhar em casa. Desde o tradicional pãozinho francês para o lanche, queijos, frutas, saladas, legumes, café, leite, cereais, arroz, carne moída, frango, macarrão e feijão entram na nossa listinha.

Não conseguimos encontrar o feijão cru, mas descobrimos uma maneira de lavar os enlatados (tirando o sódio) e refogar do jeitinho brasileiro, com alho, cebola e bacon. Uma delícia! Dá até pra fazer feijoada. OBS.: Só tome cuidado para não confundir com feijão doce! Eca!

Nosso tradicional arroz com feijão, com carne moída, preparado por mim e Gladis. (Foto: Gladis Vivane)

Para quem não abre mão de carne, é importante saber que a variedade por aqui não é tão acessível como no Brasil. Os americanos não tem costume de consumir cortes como picanha, maminha, etc. A dica é comprar carne moída bovina (dá pra ver a porcentagem de gordura na embalagem \o/), carne de porco, filés de frango, linguiças tipo “sausage”, além de muito camarão e lagosta, que têm preços super em conta e são gostosos demais!

Recentemente, fizemos uma massa delícia com camarão. Optamos por comprar o cru congelado ao invés do pré-cozido. Misturamos um molho de tomate fresco por cima do penne e ficou show de bola. Hummm! Estou me saindo até melhor do que imaginava na cozinha. Para quem não sabe, tenho mãe chef que faz altas comidas gostosas, mas tem um ciúmes danado da sua cozinha. Por aqui, eu consigo me jogar nessa cozinha toda equipada!

Penne ao molho de camarão com tomates frescos preparado por mim. (Foto: Gladis Vivane)

O café americano também é bem diferente do brasileiro. Aqui, a bebida é muito mais fraca e eles a consomem em grande quantidade. Porém, se você compra seu pó preferido no mercado (achamos Pilão, com o nome Pilon – acho que é o mesmo), pode fazer na cafeteira com a quatidade que deseja. Aqui em casa, quem toma café o dia inteiro é o Anderson e, pra ele, precisa que seja bem forte!

Outro prato que fazemos bastante por aqui para o jantar é a sopinha de legumes, uma receita do amigo Carlos Magno. Como não é tão fácil encontrar os ingredientes in natura em grandes supermercados nos Estados Unidos, optamos por comprar congelados sem tempero, como batata, brócolis, vagem, cenoura, etc. Costumamos refogá-los com um pouco de sal, cebola, pimenta e alho e batê-los no liquidificador. Fica delicinha e é super nutritivo!

Sopa de legumes, com batatas, vagem, pimentão vermelho e bacon, preparada por Gladis (Foto: Gladis Vivane)